Os vereadores do PS na Câmara de Braga criticaram, esta segunda-feira, o facto de o Executivo ”nada fazer” para resolver o problema da entrada de chuva na Escola Dom Frei Caetano Brandão e na Academia das Artes. Ricardo Rio, presidente da Autarquia, diz que aguarda verbas do PRR para avançar com as obras.
Corpo do artigo
A maioria PSD/CDS diz que as obras aguardam o financiamento do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), mas, entretanto, podia fazer intervenções para evitar que se ande de balde na mão e que não haja aulas”, afirmou o socialista Artur Feio, na reunião do Executivo.
A seguir, o presidente da Câmara, Ricardo Rio disse que há quatro escolas onde serão feitas obras de fundo, logo que saia o aviso do PRR : “o Governo transferiu a gestão das escolas com a promessa de pagar as obras. Mas, só em julho é que ficou decidido que seria com o PRR. Mas, até agora nada!”, explicou, sublinhando que os projetos estão em preparação.
Esbanjamento de dinheiro
Na ocasião, o PS levantou duas outras questões sobre a empresa municipal AGERE, e que se prendem com uma alegada perda de nove milhões de euros de fundos europeus para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), a do Este, e com o contrato com o Sporting de Braga, de 49500 euros, para poder usar um camarote no estádio.
No primeiro caso, disseram que, a empresa se atrasou na feitura de relatórios pedidos pela Agência do Ambiente, perdendo, por isso, aquele apoio, numa obra que custa 29 milhões. Sublinhou que, a questão é financeira, mas também ambiental, já que a ETAR deita águas contaminadas para o rio Cávado.
Sobre o camarote, disse que é “esbanjamento de dinheiro e despesismo” e traduz “falta de equidade” face ao todo municipal.
Camarote é "prémio" aos funcionários
Em resposta, o administrador Rui Morais e o próprio Ricardo Rio, argumentaram que a APA fez exigências já com o financiamento aprovado, e garantiram que os apoios “não estão perdidos”, estando a ser estudado qual o programa europeu a que a ETAR será candidatada: “o objetivo é o de aumentar o cofinanciamento, subindo de 30 para 66%”.
Sobre o camarote, Rui Morais disse que o contrato vem de 2004, do tempo da gestão do PS, só que se baseava em prestação de serviços ao clube. Explicou que é uma espécie de “prémio” para os trabalhadores com absentismo zero, que, assim, vão quatro vezes por ano aos jogos.
