<p>Um rato morto e excrementos do animal, encontrados no jardim-de-infância de Pombal, levaram ao encerramento do refeitório da instituição, na segunda e terça-feira. Esta sexta-feira, a Câmara vai avançar com uma desratização. </p>
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José Ruivo, delegado de Saúde de Pombal, mostra-se convencido de que as cerca de 150 crianças que frequentam o estabelecimento não terão sido afectadas. O animal foi detectado, na segunda-feira de manhã, na zona da cozinha do jardim-de-infância, onde foram encontrados também alguns excrementos. "Tudo leva a crer que o roedor tenha ali entrado na altura em que a escola se encontrava fechada, nas férias do Natal", afirmou ao JN.
Apesar disso, os pais foram alertados e sensibilizados para qualquer sintoma anormal que detectem nas crianças. "O perigo dos ratos é a transmissão, através da urina, de leptospirose. Por isso, pedimos aos pais que estejam atentos a qualquer sinal, como febre ou dores musculares e que dêem conta disso ao médico", esclareceu.
As instalações da escola foram limpas e higienizadas, na segunda e terça-feira. Apenas o refeitório foi encerrado.
Amanhã, ao final do dia, a Câmara vai avançar com uma desratização, assegurou, ao JN, Fernando Parreira, vereador da Educação da Câmara de Pombal. A medida vai ser posta em prática no final das aulas e abrangerá, para além do edifício escolar - com mais de 40 anos - toda a zona envolvente e parte da ribeira Quente, que passa ao lado da escola. Na mesma ocasião, os serviços camarários avançarão, também, com uma desratização na escola do primeiro ciclo de Pombal, cujo edifício se situa ao lado do jardim- -de-infância.
"Pelas informações que colhemos, estamos convictos de que se trata de uma situação ligeira", explicou o vereador, assegurando que, apesar disso, "a Câmara está a fazer tudo o que está ao seu alcance para sossegar as famílias".
Fernando Parreira esclarece ainda não ter memória de, alguma vez, aquela escola ter sido afectada pela presença de ratos. "É vulgar acontecer nas escolas de algumas freguesias, mais rurais. Mas têm sido casos pontuais", sublinha.
O delegado de Saúde considera que a presença dos ratos estará relacionada com a proximidade da ribeira. "Há muitas habitações antigas que terão esgotos ligados a este curso de água que, há alguns anos, foi canalizado em manilhas. Esses dejectos acabam por alimentar os roedores que se reproduzem com muita facilidade", explicou, adiantando que, a partir da ribeira, os animais conseguem com facilidade entrar nos edifícios. "Até pelas sanitas eles conseguem entrar", conta, adiantando que a solução passa por uma desratização da zona.