A Câmara da Póvoa de Varzim vai transformar a antiga Escola do Grémio numa residência universitária. A obra vai custar 749 mil euros e deverá estar concluída a tempo do arranque do ano letivo 2024/2025. Terá 11 camas.
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A residência, a primeira no concelho, ficará ao serviço do Instituto Politécnico do Porto (IPP), que tem, na fronteira dos concelhos da Póvoa e de Vila do Conde, o Campus 2, onde estudam mais de quatro mil alunos.
“Será um projeto bastante aliciante, que vai trazer mais pessoas ao centro da cidade. Ficará na antiga escola, num edifício que estava, agora, devoluto e onde funcionou a Formação e Educação de Adultos”, explicou o presidente da Câmara, Aires Pereira, que viu aprovada, por unanimidade, na reunião do executivo, a abertura de concurso público para a realização da obra.
A nova residência terá 11 camas, cozinha, sala de convívio e áreas de estudo e situa-se a 300 metros da estação de metro da Póvoa de Varzim, em pleno centro da cidade, a 100 metros do edifício dos paços do concelho.
Aires Pereira espera que, com esta obra, mais jovens deslocados de outras cidades possam ter alojamento “condigno e a preços acessíveis”.
A empreitada deverá avançar ainda antes do final do ano e tem um prazo de execução de sete meses.
Mais jovens
João Trocado, do PS, mostrou-se satisfeito com a obra, que será feita com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que deverá trazer mais jovens para residir na Póvoa de Varzim.
O edifício acolheu, desde os anos 40 até aos anos 70, a antiga Escola Primária do Grémio. Depois, ainda acolheu o Gabinete de Educação e Formação de Adultos, mas, há meia dúzia de anos, com a incorporação do gabinete no pelouro da Educação, o n.º 16 da rua do Boído ficou, definitivamente, devoluto.
Uma vez concluídas as obras, explicou Aires Pereira, a gestão da residência universitária será entregue ao IPP.
O IPP tem, na fronteira da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, o campus 2, que alberga a Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT).
Entre estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento e investigadores, no campus 2 há mais de quatro mil alunos. O pólo do Politécnico abriu portas em 1990, na altura como Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) com duas escolas: uma na Póvoa, outra em Vila do Conde.
Em 2001, foram inauguradas as novas instalações, na fronteira dos dois concelhos, junto à A28, e, em 2016, a ESEIG foi extinta e ali passaram a ficar a ESMAD e a ESHT.
O Politécnico só tem residências universitárias em Vila do Conde. São duas - S. Roque e José Régio - com um total de 100 camas. Agora, na Póvoa ficará mais uma com 11 camas.