O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, considerou "normal" a manifestação de policias na cidade, numa altura em que todos os partidos "andam a distribuir presentes".
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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, manifestou, esta quinta-feira, a sua "solidariedade" e "compreensão" para com os protestos dos polícias que, na véspera, juntaram 20 mil elementos das forças de segurança nos Aliados, junto à Câmara do Porto.
Garantindo que a Autarquia deu todo o apoio solicitado, Rui Moreira considerou "normal" o protesto, até face ao período de pré-campanha que o país vive. "Foi uma manifestação pacífica e normal. As classes profissionais a protestarem faz parte da liberdade da nossa democracia", começou por dizer o presidente da Câmara do Porto, à margem da inauguração de uma Biblioteca de Arqueologia.
"É um ato da nossa democracia, até porque vejo todos os partidos políticos, neste momento, a distribuir presentes. É normal que uma classe profissional queira garantias dos partidos", prosseguiu.
Garantindo que não se referia a qualquer partido em específico, Rui Moreira atirou que a situação atual do país, em época de pré-campanha, faz lembrar o programa "Preço Certo": "Todos os dias, quando abro a televisão parece que estamos a ver as promoções dos supermercados".
Como exemplo, o presidente da Câmara do Porto apontou o anúncio, feito pelo Bloco de Esquerda, esta semana, de que pretende reabilitar e construir "84 mil casas", com um custo total de 1200 milhões de euros. "Isso dá 15 mil euros por casa. Quem constrói uma casa por esse valor?", questionou.