A edição deste ano da Semana Santa de Braga, que aconteceu entre os dias 14 e 20 de abril, gerou um impacto económico de 14,6 milhões de euros, o valor mais alto de sempre, de acordo com o barómetro da Associação Empresarial de Braga (AEB).
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Em comparação com o ano anterior, houve mais transações e mais gastos, mas o valor médio por compra desceu.
Em declarações ao JN, o diretor-geral da AEB, Rui Marques, disse que este montante corresponde ao acréscimo de faturação comparativamente à média das 15 semanas anteriores. Trata-se de um “valor recorde”, adiantou, que supera os 13,2 milhões da edição de 2023 e as próprias projeções para este ano, que apontavam para um retorno de 14 milhões de euros.
Os dados do barómetro indicam que o número de compras e de levantamentos durante a Semana Santa aumentou 29,1% e o valor total gasto registou uma subida de 18,7% em relação à edição de 2024, que aconteceu no final de março e ficou marcada por mau tempo. Já o valor médio por transação desceu para 79,90 euros, menos 6,60 euros face ao ano anterior.
Bom tempo ajudou
Rui Marques salientou que na edição deste ano houve um “crescimento expressivo” no valor de transações realizadas por visitantes nacionais (mais 66%) e por estrangeiros (mais 39%) comparando com o ano anterior, algo a que, “obviamente”, as condições meteorológicas “não são alheias”. “O visitante nacional é aquele que é mais condicionado pela chuva”, analisou.
Apesar disso, segundo o diretor-geral da AEB, os clientes locais continuam a ser os principais responsáveis pelo volume global transacionado, representando 63% do total das compras efetuadas durante a Semana Santa, um aumento de 3% face ao ano anterior. Entre os estrangeiros, os franceses (29%) e espanhóis (19%) lideraram o valor das compras, seguidos pelos britânicos (6,3%), suíços (6%) e norte-americanos (5,5%).
Já entre os portugueses, a maioria das compras foi efetuada por residentes no distrito de Braga (66%), seguidos por visitantes provenientes dos distritos do Porto (13%) e de Viana do Castelo (6,4%). Os visitantes de Lisboa foram responsáveis por 5,1% das compras.
Restauração em alta
Segundo Rui Marques, o setor da restauração destacou-se pelo “crescimento contínuo” ao longo da semana, com o sábado a atingir um pico de transações de 900 mil euros, tendo os principais compradores estrangeiros sido espanhóis, franceses, britânicos, brasileiros e norte-americanos.
“No domingo de Páscoa, o volume de negócios cifrou-se em 610 mil euros, um valor histórico que superou as transações de segunda, terça e quarta-feira santa. Este crescimento reflete a tendência crescente das famílias para celebrarem fora de casa”, vincou o diretor-geral da AEB.
O valor médio por transação na restauração foi de 20 euros, com o domingo de Páscoa a registar o ticket médio mais elevado: 35 euros. A distribuição dos negócios ao longo do dia foi marcada por 46% das transações a ocorrerem ao almoço, 30% ao jantar e o restante noutros períodos.
No setor do alojamento, o valor médio por transação fixou-se em 83,49 euros, que corresponde a uma redução de 5% face ao ano anterior. Em termos de ocupação, o período de maior procura ocorreu entre a quarta-feira anterior e a segunda-feira a seguir ao dia de Páscoa.