Sérgio Aires: "À esquerda do PS, há o risco de não haver nenhuma representatividade"
Sérgio Aires admite que há o risco, nestas autárquicas, de o BE o PCP não conseguirem ser eleitos para a Câmara do Porto. O candidato bloquista, diz que tem sido crucial para que haja escrutínio, numa cidade onde todos procuram chamar para si o legado de Rui Moreira. O vereador propõe mais sete mil fogos de habitação pública, defende melhores transportes e considera que os imigrantes estão a ser responsabilizados por uma criminalidade que não existe em nome da conquista de votos.
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Na apresentação da sua candidatura, lamentou que não tivesse sido possível fazer uma plataforma de esquerda. O que é que falhou?
Francamente, não sei. Sei que fizemos todos os esforços possíveis, ou seja, no início havia uma ideia de termos uma plataforma de Esquerda, à semelhança do que está acontecendo em Lisboa, por exemplo. Ficou muito claro, a partir da forma como se colocou o PS, neste caso o Manuel Pizarro, que o PS não queria. E, portanto, não houve sequer propriamente um diálogo. Depois com a CDU praticamente a mesma coisa. Conseguimos ter diálogo com o Livre durante algum tempo, diálogo esse que acabou por não dar em nada, e o Livre preferiu avançar sozinho. Nessa altura, ainda não era candidato do Bloco.