O simulacro de um grande e grave acidente, que se desenrolou, este sábado, na estação dos comboios e na central de camionagem de Barcelos testou a eficácia de vários meios de socorro do distrito de Braga.
Corpo do artigo
Mais de 20 corporações de bombeiros, diversas forças de segurança e várias entidades da Proteção Civil foram postas à prova durante o Gallus Exercitium 2025, que envolveu cerca de 900 participantes: 400 vítimas/figurantes e 500 intervenientes dE distintas áreas de atuação.
Pelas 10 horas, na estação de Barcelos da Linha do Minho, registou-se uma colisão de um comboio de transporte de mercadorias, contendo uma cisterna com ácido clorídrico, contra um comboio de transporte de passageiros, acidente de que resultou um elevado número de feridos e vítimas mortais, assim como o derrame de matéria perigosa. Por isso, depois da chegada dos primeiros meios de socorro, foi necessário esperar quase trinta minutos para as primeiras vítimas serem socorridas, já que era preciso assegurar, em primeiro lugar, a segurança dos operacionais.
Este exercício, promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em colaboração com o Município de Barcelos, teve como objetivos gerais testar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Barcelos, bem como o Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil de Braga.
51 vítimas mortais
À mesma hora em que se deu a colisão de comboios, estava a decorrer um concerto musical na central de camionagem com centenas de espectadores, que acabaram abalroados pelas pessoas que fugiram da estação dos caminhos de ferro, espalhando o pânico com o rumor de que a cisterna iria “explodir”. Da confusão gerada e da fuga descontrolada dessas pessoas resultou a queda do palco do concerto.
Na sequência destes acidentes, registaram-se 51 vítimas mortais, 94 feridos graves e 11 feridos ligeiros. Houve necessidade de acolher 27 pessoas na zona de acolhimento, na sede do Agrupamento de Escolas Gonçalo Nunes, 45 pessoas foram transportadas para o Centro Social João Paulo II, em Apúlia/Esposende, e cinco crianças foram para a Casa do Menino Deus. Também foram socorridos, pelos Serviços de Saúde do Município e acolhidos no CROA, três cães e dois gatos.
Na realização deste exercício foram mobilizadas quarenta e cinco ambulâncias de socorro, três veículos de socorro e assistência, três veículos de combate a incêndios, dois veículos de comando e comunicações e quinze veículos de comando tático.
Diversos meios envolvidos
Estiveram envolvidas nas ações de socorro as corporações de Bombeiros Voluntários de Barcelos, Barcelinhos e Viatodos, os Bombeiros Sapadores de Braga, os Bombeiros Voluntários de Braga, Famalicenses, Voluntários de Famalicão, de Fão, de Esposende, de Amares, de Vila Verde, da Póvoa de Lanhoso, Caldas das Taipas, Guimarães, Vizela, Fafe, Terras de Bouro, e Celoricenses. Também prestaram apoio, as delegações da Cruz Vermelha de Campo, Macieira de Rates, Aldreu, Amares e Braga.
Nas ações operacionais e logísticas também participaram: Forças Armadas, Polícia Judiciária, PSP, GNR, Autoridade Marítima, SIS – Serviço de Informações de Segurança, ICNF, Segurança Social, E-REDES, FEPC – Força Especial da Proteção Civil; Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, INMLCF – Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, ASAE, BRISA, MEO; Caritas Portuguesa, Captrain Portugal, Centro Operacional do Norte do 112; CP – Comboios de Portugal, CIM Cávado, CNE – Corpo Nacional de Escutas, Segurança Social, INEM, Unidades Locais de Saúde Barcelos/Esposende, Braga, Médio Ave, Alto Ave, e os Serviços Municipais de Proteção Civil dos Municípios do Distrito de Braga.
Este exercício, promovido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em colaboração com o Município de Barcelos, teve como objetivos gerais testar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Barcelos, bem como o Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil de Braga.