Os gaienses não só gostam de viver no seu município (78%), como se sentem felizes com isso (83%), de acordo com uma sondagem da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN que também procurou medir até que ponto os eleitores se identificam com o seu concelho. A evolução dos últimos anos é positiva (55%) e a maioria recomendaria uma mudança para Gaia a amigos e familiares (52%). No entanto, e em contraciclo, apenas 26% admite uma ligação forte às tradições e à cultura locais.
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No estudo conduzido pela Pitagórica, em que se mediu a intenção de voto para as autárquicas de 12 de outubro, fez-se também o retrato social e cultural dos gaienses, incluiu-se um capítulo sobre áreas de intervenção prioritária e, finalmente, uma avaliação para "perceber até que ponto os eleitores se identificam com o município onde vivem". Os resultados permitem "traçar um retrato da ligação afetiva e simbólica: se recomendam o concelho a amigos ou familiares, se sentem que a sua vida melhorou e se partilham um verdadeiro sentimento de pertença".
Uma das conclusões a que se chegou é que uma grande maioria (78%) dos gaienses gostam de viver no seu município, destacando-se, entre os diferentes segmentos (género, idade, classe social e voto partidário) os que têm 65 ou mais anos: 83% gostam de viver em Gaia e não trocariam a sua terra por qualquer outra.
Este resultado está em linha com as respostas à pergunta sobre se recomendariam Gaia aos familiares e amigos. E o resultado é igualmente lisonjeiro: 52% dos inquiridos são o que se chama "promotores" (porque dão uma avaliação de 9 ou 10 nessa recomendação), destacando-se as mulheres, os mais velhos e os mais pobres; havendo apenas 15% de "detratores" (avaliação de 0 a 6). Isto resulta num índice NPS ("Net Promotor Scope", usado no mundo empresarial para medir a diferença entre quem recomenda e quem critica) de 37.
Jovens mais felizes
O corolário destes resultados pode ser confirmado no chamado "índice de felicidade", que é de 83% (feito também através da média de respostas numa escala de 0 a 10). Sendo que, entre os mais felizes com o facto de viverem no concelho de Gaia são os mais jovens (18/24 anos) e os que têm menores rendimentos.
Ao contrário do que indiciam os resultados anteriores, quando se pergunta sobre a ligação dos munícipes às tradições, cultura e forma de ser do município, o resultado fica aquém do que se poderia esperar: apenas 26% se sentem muito ligados (e de novo com os mais jovens à cabeça), enquanto 34% se diz pouco ou nada ligado (com destaque para os que têm 55 a 64 anos).