A suspensão da construção da A32 "abre uma janela de oportunidade" para a Branca, afirmou o deputado João Correia, do PS, num debate que decorreu ontem à tarde promovido pela Associação do Ambiente e Património da Branca (Auranca).
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O deputado socialista João Correia considerou que a suspensão da construção da A32 decidida recentemente pelo Governo "abre uma janela de oportunidade para ver se existe uma saída que diminua os impactos negativos ambientais e de património" no atravessamento da Branca.
João Correia foi um dos participantes no debate promovido ontem à tarde pela Associação do Ambiente e Património da Branca (Auranca) que decorreu no auditório, do Centro Cultural da Branca em que esteve em foco a A32, os impactos ambientais, o investimento público em Portugal e o direito das populações.
O Centro Cultural da Branca quase se encheu, destacando-se a presença de uma representação da Plataforma do Choupal (Coimbra).
João Correia lembrou que a declaração de impacte ambiental ao traçado na Branca "tem algumas medidas preventivas e cautelares de salvaguarda dos interesses locais".
Opinião diferentes teve o deputado do PSD, Jorge Costa. "Sempre estivemos contra a a construção da A32, não faz sentido, temos três auto-estradas no espaço de seis quilómetros", disse, enquanto a sua colega Carina Oliveira defendeu como alternativa para o atravessamento da Branca o traçado 5-B.
Raul Almeida, do CDS-PP lamentou a ausência de qualquer elemento do Governo no debate e lembrou a afirmação do seu colega socialista João Correia no sentido de a suspensão da construção da A32 abrir "uma janela de oportunidade" para a Branca. "Tem que haver uma solução de consenso e de abertura ao futuro", realçou.
"O estudo de impacte ambiental chumba três dos cinco itens", referiu por seu turno José Pureza, do BE para quem "este troço começa mal em Lisboa e acaba pior em Coimbra. António Resende, do PEV apelaria à não desmobilização dos habitantes da Branca.