Segundo o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira, saber-se-á hoje a identidade de dois corpos carbonizados que estão ainda por identificar, no Instituto de Medicina Legal de Aveiro, na sequência do acidente de segunda-feira na A25, em Sever do Vouga.
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Tudo aponta para que os corpos sejam de Alzira Borges, de 73 anos, e da filha, Cristina Borges, de 54 anos, que seguiam na viatura com Alexandre Borges, 21 anos (condutor) e Lisa Borges, 19 (irmã de Alexandre). Desde segunda-feira que a família das duas mulheres as procura por todos os hospitais. Glória Lopes, prima das vítimas, e Cristina Fernandes, amiga da família, souberam que os quatro familiares estavam envolvidos no acidente através de uma chamada de Alexandre, que comunicou à prima que tinha tido um acidente. Depois, saiu do carro, onde ficaram a irmã, a tia e a avó, para avisar os condutores dos carros que vinham atrás.
Encaminhado para o hospital de Viseu, nunca mais viu as três mulheres. Através de muitas chamadas telefónicas, Glória e Cristina souberam que havia uma jovem com queimaduras, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, e pediram a um amigo para a ir identificar. De facto, e porque não consegue falar por causa das queimaduras que sofreu, a jovem acenou com os olhos quando ouviu o seu nome: Lisa Marina.
A busca prosseguiu. Faltava saber de Alzira e de Cristina. Foram ao IML de Aveiro e Alexandre fez testes de ADN para comparar com o das mulheres. Glória e Cristina ainda não deixaram morrer a esperança de que mãe e filha estejam vivas, em coma, internadas em algum hospital.