Vários trabalhadores da empresa MDA, ligada ao setor dos moldes, em Oliveira de Azeméis, manifestaram-se, na tarde desta sexta-feira, em frente às instalações da empresa e promoveram um dia de greve contra as alterações do horário laboral.
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Os manifestantes acusam a empresa de ter transformado os dois turnos rotativos em turnos fixos. Os trabalhadores, que alternavam entre os dois turnos existentes (das 7 horas às 15.30 e das 15.30 à meia-noite), foram agora divididos pelos dois turnos, de forma fixa.
"A empresa decidiu fazer uma alteração unilateral do horário de trabalho obrigando alguns dos trabalhadores a cumprir o horário das 15.30 à meia-noite. Não foi dada qualquer possibilidade de negociação", explicou, ao JN, Fábio Rodrigues, delegado sindical.
Diz que, perante o horário imposto pela empresa, "os trabalhadores deixaram de conseguir ter uma vida social, familiar e conjugal". "Há colegas que saem do trabalho à meia-noite e quando chegam a casa a família está a dormir. Quando a família acorda estão os colegas a dormir, sem possibilidade de terem uma vida familiar e conjugal", referiu, lembrando que os trabalhadores ficaram ainda com menos 15% da remuneração salarial, relativos ao subsídio de turno. A empresa, diz Fábio, não mostrou qualquer interesse em chegar a acordo com os trabalhadores.
"Em termos familiares é muito desumano o que a empresa nos está a fazer. Nunca mais vamos estar com a família como deveria ser", afirmou, por seu lado, Sérgio Reis, um dos trabalhadores contestatários ao novo regime laboral.
Contactada pelo JN, a empresa informou que não presta declarações sobre o assunto.