Os funcionários da empresa ICA que trabalham nas cantinas escolares do 1º ciclo de Santo Tirso e que estão a ser despedidos vão avançar para uma greve no dia 6 de janeiro, altura em que deverão ser recontratados, adiantou ao JN Francisco Figueiredo, do Sindicato de Hotelaria do Norte.
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Com "contratos até ao final do 1.º período" letivo, "quase 40 trabalhadores" da ICA - Indústria e Comércio Alimentar, que tem a concessão daquele serviço de refeições escolares, receberam cartas de despedimento, e reuniram-se na tarde de quarta-feira, na delegação de Santo Tirso do sindicato, para definir formas de luta.
De acordo com o dirigente sindical, nesta quinta-feira "vai ser enviado o pré-aviso de greve. Se, até lá, os problemas não forem resolvidos, os trabalhadores vão estar concentrados no dia 6 de janeiro, a partir das 8.30 horas, à porta da Câmara de Santo Tirso".
"Foi pedida, há dias, uma reunião à Câmara Municipal, com a presença da empresa, e até agora não tivemos resposta", lamentou Francisco Figueiredo, que explicou que se pretende que "os trabalhadores que trabalham nas cantinas de setembro a julho passem a efetivos e que aqueles cujas cantinas não estão abertas até ao final de julho tenham contratos até ao fim do ano letivo". É ainda exigido que sejam liquidadas "dívidas relativas ao subsídio de férias", entre outras reivindicações.
Em comunicado, a Autarquia de Santo Tirso vinca que tem com a ICA um "contrato de prestação de serviços" para o fornecimento de refeições em 32 escolas, pelo que "o vínculo contratual entre as colaboradoras é com a empresa e não com a Câmara". O Município afirma que "é falso que o Sindicato de Hotelaria do Norte tenha endereçado à Câmara de Santo Tirso, na última sexta-feira, um pedido de reunião urgente", e sublinha que "as reivindicações são alheias à Câmara, uma vez que se trata de funcionários da ICA", que "tem afetas ao Município 73 colaboradoras".
O JN questionou aICA - Indústria e Comércio Alimentar, mas não obteve resposta em tempo útil.