Hospital de Braga começou a administrar medicamento por profusão contínua subcutânea, aumentando a qualidade de vida de pacientes.
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Controlar melhor os sintomas e impedir as “flutuações motoras” de pessoas com doença de Parkinson em estado avançado é o principal objetivo de um novo tratamento que o Hospital de Braga começou a realizar no mês passado e que consiste na aplicação do medicamento Duodopa (foslevodopa/foscarbidopa) através de uma profusão contínua subcutânea. Esta forma de administração do fármaco permite reduzir o número de comprimidos que os doentes têm de tomar por dia. Há pacientes que chegam a tomar comprimidos para a Parkinson de duas em duas horas.
“O tratamento é indicado para pessoas com doença de Parkinson avançado, que já não têm os seus sintomas controlados com medicação oral, ou seja, mantêm flutuações motoras, apesar de tomarem muitos comprimidos por dia”, explicou, ao JN, a médica neurologista Margarida Rodrigues. De acordo com a especialista, o facto dos efeitos da doença não serem controlados como seria desejável faz com que haja momentos do dia em que as pessoas perdem mobilidade e mostram mais dificuldade em fazer as suas atividades, pois têm “movimentos involuntários que podem ser incapacitantes”.