População da Trofa aprova solução para a linha, que inclui metrobus, e lembra processo de duas décadas com avanços, recuos e prejuízos para moradores e comerciantes.
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“Agora temos de aproveitar o que vem, senão, vamos estar mais 20 anos à espera”, teme Fátima Sousa, diante do desolador Largo da Estação, no Muro, que há vários anos deveria ser paragem do metro prometido em substituição da ferrovia suprimida em 2002. O concurso para a realização do anteprojeto e do estudo de impacto ambiental da linha do metro até à Trofa foi lançado na sexta-feira. O traçado deverá ficar pronto em 2028.
Entre acolher a solução bipartida proposta pela Metro do Porto - com parte do percurso, até ao Muro, em carris e o restante trajeto, até Paradela, em rodovia - e continuar a reivindicar a execução da totalidade do traçado em ferrovia, a população resigna-se e agarra-se à “esperança”. “O que interessa é que venha”, atalha Dolores Ribeiro, que ficou com o negócio do café estagnado no Largo da Estação, indefinidamente à espera dos passageiros do metro que nunca ali chegaram.