Arcozelo, em Ponte de Lima, assistiu, há dias, à abertura de um parque de pesca de trutas. Estrutura vem juntar-se, no distrito, às existentes em Paredes de Coura e Monção. Quarto recinto do género deverá abrir portas no próximo ano.
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Espaço que é, regra geral, formado por lagos artificiais, onde se tem de pagar pelo peixe que se pesca. É assim o parque de pesca. E não é preciso levar cana. Ou isca. Já lá estão, a aguardar pelos inveterados da modalidade.
No Alto Minho, o pontapé de saída foi dado em Paredes de Coura, com a criação do primeiro equipamento do género a nível nacional na freguesia de Insalde. Seguiu-se Monção (Pias) e, há dias, Ponte de Lima, com a abertura de uma estrutura em Arcozelo. Em Setembro do próximo ano, Rendufe, no concelho, espera, também, inaugurar recinto em criação na localidade de Sobrada.
"Há muita gente que desconhece por completo o que é um parque de pesca. Alguns ficam mesmo surpreendidos com a explicação. Para nós, trata-se de conceito de lazer que alia a natureza ao rio." Assim define Matilde Brito a aposta materializada em Arcozelo, espaço situado paredes-meias com o afluente do Lima - rio Labruja para uns, ribeiro de Labrujó para outros - a partir de onde é captada a água para o recinto.
O investimento, todo ele privado, compreende um lago com perto de duas centenas de metros de comprimento por seis a oito de largura, "como que a imitar o percurso de um rio". A água é captada no afluente do Lima e para ele, depois, atirada, tendo a proposta merecido o aval dos ministérios do Ambiente e Agricultura. Um bar de apoio e um espaço de mostra e venda de produtos locais complementam a oferta do parque Riba Rio, para o qual, segundo Matilde Brito, "só falta trazer a vontade, o resto já cá está".
O recinto vem, assim, juntar-se ao parque da Casa de Xisto, estrutura aberta há 11 anos na freguesia de Insalde, que foi a primeira do país. "Difícil foi fazer a primeira. Agora, quantas mais existirem, maior será o número de entusiastas", vaticina Décio Guerreiro, responsável pelo parque, que comercializará, afiança, "cinco a seis toneladas de truta por ano".
Pias, em Monção, acolheria a segunda estrutura do género na região, equipamento que, de acordo com o autarca local, Edmundo Correia, "tem trazido à freguesia muita gente". Com o mesmo objectivo pretende a freguesia de Rendufe (Ponte de Lima) criar um parque. Inicialmente previsto para este ano, a conclusão do recinto - promovido pela Junta e Câmara Municipal e estimado em perto de 400 mil euros- viria a ser adiada devido a problemas relacionados com a captação de água.