Os seis proprietários das frações que permaneceram ocupadas no prédio Coutinho, após 24 de junho, dia em que findou o prazo para saída voluntária dos moradores, continuam de pedra e cal na luta.
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Nenhum deles entregou as chaves. Fonte da sociedade VianaPolis, confirmou esta terça-feira ao JN que nenhum dos resistentes entregou chaves das suas frações. Adiantou, no entanto, que chegou a acordo com um dos proprietários que não viviam no prédio e cujos apartamentos foram selados, a partir de 24 de junho. O JN apurou que se trata do 143-9º esquerdo, propriedade de três irmãos, que receberam o apartamento por herança dos pais.
Recorde-se que, após o termino do prazo no referido dia às 9 horas, a VianaPolis trocou as fechaduras das portas de todas as frações que não estavam ocupadas, incluindo também as das entradas principais. Quem ali não residia passou a não ter acesso aos apartamentos, mesmo que não tenha fechado acordo, e também deixou de possuir chave para entrar e sair do prédio. Esta situação acabou por ser suspensa oito dias depois, por decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB), onde os moradores deram entrada com uma nova Providência Cautelar. A mesma ação está agora pendente de decisão definitiva, a qualquer momento, após ter sido ouvida a VianaPolis.
Aquela sociedade já admitiu, entretanto, que poderá usar da força para obrigar os últimos moradores do prédio Coutinho a sair. A afirmação foi feita pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, que desde o termino do prazo para desocupação voluntária, evitou sempre o despejo coercivo. Optou por cortar serviços de água, eletricidade e gás, mudar fechaduras das entradas principais e por iniciar trabalhos de demolição, com os moradores a viver no imóvel.