Nenhum corpo das seis vítimas do naufrágio ocorrido, este sábado, na Costa de Caparica, Almada, tinha colete, apesar de a embarcação ter coletes salva-vidas, segundo a Polícia Marítima.
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O barco de recreio com sete pessoas a bordo afundou-se ao princípio da noite, junto à Praia do CDS, na Costa de Caparica. Seis pessoas morreram. O único sobrevivente do acidente, um homem de 37 anos, conseguiu nadar até à praia onde pediu auxílio. Passou a noite no Hospital Garcia da Orta e regressou a casa esta manhã sem prestar declarações à imprensa.
O barco Cochicho tinha sido alugado em Peniche e vinha do Cabo Espichel para o Barreiro, passando pela Cova do Vapor. A tarde fora passada a pescar na Arrábida e nas geladeiras que mais tarde deram à costa, juntamente com canas de pesca partidas, havia robalos e douradas. Por razão que está por explicar, disse o chefe Pacheco Antunes, da Capitania de Lisboa, a embarcação aproximou-se demasiado da costa e das ondas altas, o que terá provocado o desgoverno e afundamento. O presidente da Junta da Caparica, Ricardo Martins, admitiu também que o acidente ficou a dever-se à forte agitação marítima.
Apesar de a embarcação ter coletes salva-vidas nenhum dos corpos tinha colete, notou o chefe Pacheco Antunes, concluindo que a polícia marítima já comunicou o caso ao Ministério Público.
Foi cem metros a norte da praia do CDS que apareceu o primeiro corpo, cerca das 20 horas. Os outros cinco apareceriam mais tarde na areia da praia Nova, em frente ao bar Dragão Vermelho, o mesmo local onde os Bombeiros de Cacilhas depositaram o "Cochicho". Os corpos das seis vítimas foram transportados para a morgue do Hospital Garcia de Orta, onde, à meia-noite, as famílias enlutadas, recebidas por psicólogos do INEM, começaram a chegar.