Paris Jackson
Foto: ETTORE FERRARI/EPA
O Festival de Cinema de Veneza começou na quarta, provando que a moda tem tanto protagonismo quanto os filmes. Ao longo dos dias, o Lido transforma-se numa passarela de criatividade, com visuais que vão do clássico ao contemporâneo, do minimalista ao exuberante, ditando tendências internacionais a cada chegada e estreia.
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Na estreia de "Frankenstein", este sábado, Mia Goth destacou-se com um vestido preto Dior, drapeado na cintura e com uma pequena cauda. O conjunto foi complementado por sandálias Aquazzura e um colar de diamantes e esmeraldas da Tiffany & Co., alinhando sofisticação e mistério com a sua estética característica.
Na passadeira vermelha, notou-se ainda a presença elegante de Fernanda Torres, membro do júri oficial, que escolheu um vestido preto longo de veludo da Giorgio Armani, reto e com detalhes discretos nas mangas, refletindo um estilo clássico.
Isis Valverde apostou no brilho com um vestido coluna da Armani Privé, sem alças, adornado com lantejoulas maxi azuis e joias Tiffany. Num outro momento, exibiu também um visual metálico prateado da Bottega Veneta, com decote em V e mangas compridas, revelando versatilidade e modernidade.
Uma criação Armani Privé Spring '25 Couture de ombro único impressionou ao descer em efeito líquido até ao chão, com detalhes em pedras vermelhas no ombro e na cintura, na pele de Gemma Chan.
A sofisticação minimalista também marcou presença com Julia Roberts, que vestiu um modelo Versace com estampado harlequin em diamante, inspirado nos azulejos renascentistas de Veneza, assinado pelo novo diretor criativo, Dario Vitale. Numa outra ocasião, apostou num vestido escuro, de corpo entalhado, mangas francesas e saia longa acampanada, complementado por um colar de diamantes em cascata com forma de flor.
Sem surpresa, Monica Barbaro escolheu Dior, casa da qual é embaixadora, e surgiu num vestido exclusivo com pregas bem marcadas, gola rígida e decote em V nas costas. O desenho apontava para a elegância clássica, mas a escolha do tecido revelou-se menos feliz sob a luz intensa da passadeira vermelha, evidenciando vincos que prejudicaram o efeito pretendido. A atriz, habitualmente segura em cortes coluna, não foi desta vez tão favorecida. As joias da Bvlgari elevaram o conjunto, mas não chegaram para evitar que o visual dividisse opiniões.
Riley Keough combinou top com folhos e saia maxi transparente da Chloé com um colar Cartier de safiras e opais, conferindo um toque de elegância boho-chic.
O desfile vintage de Amal Clooney exibiu um vestido fúcsia Jean-Louis Scherrer, com cauda e sapatos dourados, que contrastou com joias da Harry Winston.
Em Armani Privé, Cate Blanchett repetiu um modelo de 2022 com decote e aplicações em pedras preciosas, demonstrando a intemporalidade da criação.
O poder do couro preto foi evidenciado em Paris Jackson, que combinou um decote profundo e gola de penas com luvas de couro, bolsa preta e joias de diamantes.
Hiba Abouk marcou a segunda noite com um vestido longo Intimissimi, inspirado na lingerie, com estratégicos detalhes cut out e rendas, sandálias de tacão alto, joias de diamantes e penteado apanhado, com maquilhagem luminosa que realçava o bronzeado.
Coordenando estilos delicados, Lady Amelia e Lady Eliza Spencer surgiram com criações vaporosas em tons pastel da Cappellazzo, com capa leve, corte à cintura e saia longa com cauda. As sobrinhas da princesa Diana completaram os visuais com alta joalharia Damiani.
Entre tecidos fluidos, lantejoulas maxi, malhas metalizadas e cortes arquitetónicos, o Festival de Veneza de 2025 evidenciou a diversidade de estilos e a criatividade nos detalhes. Cada chegada e cada estreia transformou-se num desfile à parte, provando que, no Lido, a moda chega sempre antes do filme.
O festival prolonga-se até 6 de setembro, prometendo novas estreias e visuais que continuarão a ditar tendências internacionais.