O ministro da Defesa afirmou, esta sexta-feira, que a dureza das medidas do Orçamento do Estado se deve em parte à governação do PS e que certas críticas ao Governo "deviam fazer corar de vergonha quem as faz".
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"Este Orçamento não é o Orçamento que todos gostávamos de ter, não é o Orçamento que seria desejável, mas é aquele que tem de acontecer em função da realidade que é hoje a realidade que o país atravessa, nesse sentido é um Orçamento também do PS", afirmou José Pedro Aguiar-Branco aos jornalistas.
O responsável pela pasta da Defesa falava no final de uma visita ao Hospital do Lumiar, que vai acolher o futuro Hospital das Forças Armadas (HFA), depois de questionado sobre as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2012.
"Muitas críticas que já ouvi por aí deviam fazer corar de vergonha quem as faz, porque a situação a que chegámos tem muito a ver com o que foi a governação que nos conduziu a isto", afirmou, numa crítica ao PS.
"O que se pode esperar do Orçamento do Estado é que será um Orçamento de verdade, de rigor, que julgo eu talvez em democracia nunca tenha acontecido. E um Orçamento que não esconde as dificuldades, que determina que o que é preciso ser feito vai ser feito para salvar o país e será com base nessa linguagem de verdade que, em todos os sectores, com solidariedade, os sacrifícios vão ser exigidos", referiu.
A proposta de Orçamento do Estado para 2012 vai ser entregue pelo Governo na segunda-feira no Parlamento.