Catarina Martins anunciou que o Bloco de Esquerda vai apresentar, na terça-feira, no Parlamento, um projeto de lei para aumentar a duração do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego.
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A discursar no encerramento de um jantar comício em Salvaterra de Magos, o único município do país gerido pelo BE, Catarina Martins acusou o Governo de conseguir apenas "gerar mais pobreza" e "mais desemprego".
E perante este cenário, defendeu, "é preciso ter responsabilidade" e, para além de seguir "uma outra política", é preciso "acudir às dificuldades das pessoas".
"Na próxima terça-feira, o BE leva à Assembleia da República um projeto de lei para que o subsídio de desemprego e o subsídio social de desemprego possam ser majorados na sua duração, para que possa haver mais apoio às famílias em que os dois membros do casal estão desempregados, às famílias monoparentais, mas também a todos os casais em que haja um desempregado e um dependente deficiente ou com doença crónica", anunciou.
Catarina Martins falou numa "crise humanitária" e defendeu que "é um imperativo que não se abandonem as pessoas em situação de desemprego". Não podemos, sublinhou, "conviver com a fome e com a pobreza no nosso país".
A coordenadora do Bloco disse depois que "esta crise tem sido também uma oportunidade de negócio dourado para alguns", contestando a privatização dos CTT e apontando a privatização da EDP como "prova de que os negócios que colocam o que foi investimento público na mão de privados é ruinoso".
Para o BE, "privatizar os CTT é um erro, mas privatizar os CTT por 600 milhões de euros e com uma licença bancária é um insulto a um país que trabalha e que constrói os serviços públicos".
"Pedro Passos Coelho bem podia pôr uma tabuleta à entrada do país, a dizer 'Vende-se tudo por pataco e meio', tudo o que foi construído com o esforço de quem trabalha. Tudo vendido por pataco e meio a um qualquer investidor estrangeiro", acrescentou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco deslocou-se a Salvaterra de Magos para apoiar a candidatura de Manuel das Neves à presidência da Câmara Municipal, gerida pelo partido há 16 anos.