Cavaco congratula-se com aprovação do Orçamento e saúda atitude responsável de todos os partidos
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, congratulou-se hoje, sexta-feira, com a aprovação do Orçamento do Estado para 2010 e manifestou satisfação pela atitude responsável de "todos" os partido políticos.
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Interrogado sobre a aprovação esta tarde do Orçamento do Estado, Cavaco Silva recordou o apelo que fez aos partidos para que o documento passasse na Assembleia da República.
"Eu há muito tempo fiz um apelo para que o Orçamento Geral do Estado fosse aprovado, principalmente tendo em conta o ambiente internacional, a situação dos mercados financeiros internacionais", lembrou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao Conservatório de Beja.
Por outro lado, acrescentou, se o Orçamento do Estado não fosse aprovado "de certeza que daqui a pouco tempo, as famílias portuguesas e as empresas portuguesas estavam a pagar um custo adicional em termos de juros que lhes criaria grande dificuldade".
O chefe de Estado manifestou ainda a sua satisfação pela atitude responsável de "todos" os partidos, mesmo aqueles que não apoiaram o documento.
"Um Presidente da República que procura mobilizar as empresas, os agentes económicos e sociais, apoiar as pequenas e médias empresas, não pode deixar de ficar satisfeito quando constata que os partidos políticos de uma forma responsável, todos, mesmo aqueles que eventualmente não apoiaram a aprovação do Orçamento, todos têm tido uma atitude responsável e dão luz verde a um documento desta importância", enfatizou.
O Orçamento do Estado para 2010 foi aprovado com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e do CDS-PP e os votos contra do BE, PCP, PEV.
Cavaco Silva falou também do decréscimo do desequilíbrio orçamental previsto para este ano, considerando que tudo que seja "melhorar a disciplina das finanças pública" é "uma boa notícia".
"Tudo aquilo que seja para melhorar a disciplina das finanças públicas combinando a justiça social com o reforço da competitividade das empresas, mas ao mesmo tempo colocando a divida numa trajectória sustentável, é positivo para o país", salientou.