António Costa, presidente da Câmara de Lisboa a quem coube esta manhã apresentar a moção do líder, afirmou que "esta é a crise da intransigência de que quem não quis o compromisso e o consenso". E "o nosso programa é conhecido, não está escondido na manga", criticou, numa indirecta ao PSD, falando ainda do "lobo mau" disfarçado de "avozinha" para enganar o "capuchinho vermelho".
Corpo do artigo
O autarca de Lisboa, que hoje explicou que terá de deixar o Secretariado Nacional como previsto por ter atingido o limite de mandatos consecutivos em cargos executivos, começou a falar perto do meio-dia.
A primeira palavra foi de elogio para quem optou por um discurso crítico perante os congressistas, sobretudo os outros candidatos a secretário-geral. "Este não é o momento dos socialistas se calarem, é o momento de dizerem tudo o que pensamos com a frontalidade que sempre caracterizou o PS, um partido aberto, plural e democrático, onde não estamos sempre de acordo", afirmou. Mas "é um partido responsável, de gente responsável".
Os socialistas, continuou, sabem "que a política não é um jogo de vaidades ou ambições pessoais". Além disso, num apelo à unidade, disse que "o PS não é um partido de um só homem, mas também não é um partido de um homem só". É sim de um líder que deve ser apoiado por todos, defendeu.
As críticas não faltaram ao facto do PSD "esconder" as suas propostas, nomeadamente no domínio do Estado social, daí António Costa ter comparado Passos Coelho ao "lobo mau", disfarçado de "avozinha" para enganar "o capuchinho vermelho".