O Presidente da República assinala, esta sexta-feira, o Dia de Portugal em Castelo Branco, palco este ano das comemorações oficiais do 10 de Junho, onde estarão presentes o primeiro-ministro cessante, o futuro chefe do Governo e o líder do CDS-PP.
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O programa das comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, arranca com a tradicional cerimónia militar, onde o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, fará a primeira intervenção do dia.
Antes ainda de Cavaco Silva usar da palavra, haverá uma breve cerimónia de homenagem aos mortos em combate.
A cerimónia militar teve este ano algumas alterações em relação ao que habitualmente tem sido feito, de forma a reduzir os custos, sendo que pela primeira vez não se irá realizar o tradicional desfile aéreo. Apenas quatro F-16 irão passar pelo local no momento da homenagem aos mortos.
O número de militares foi reduzido em cerca de 400 homens, apesar da presença dos três ramos estar garantida, e também não se irá realizar o desfile do bloco motorizado.
Relativamente às cerimónias civis também se verificou uma redução nos custos, com o total a ser 30% mais baixo que o de 2010, ano em que já se tinha conseguido obter o orçamento mais baixo de todos os anos.
Depois da cerimónia militar, pelas 12 horas, terá início a sessão solene do Dia de Portugal, onde, além do Presidente da República, usará da palavra o presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, António Barreto.
A intervenção de Cavaco Silva na sessão solene do 10 de Junho será o seu primeiro grande discurso após as eleições, e depois de já ter pedido ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para formar um Governo "maioritário e consistente".
Na quinta-feira, em declarações aos jornalistas já em Castelo Branco, o Presidente da República adiantou que o seu discurso será "uma intervenção de fundo", dirigida a "todo o país", e que será focado "só num tema".
"Normalmente eu escolho um tema que nem sempre é muito valorizado ou não está na agenda política da altura, mas que é importante para o país", notou, pedindo para que o deixem manter "a incerteza" quanto ao tema.
Na plateia a ouvir as suas palavras estarão, entre muitas outras personalidades de vários sectores, o ainda primeiro-ministro, José Sócrates, o futuro chefe do Governo e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, e o líder do CDS-PP, Paulo Portas.
O PCP e o BE não se farão representar nas cerimónias.