O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, declarou este sábado, em Vilamoura, que só com o compromisso de todos os poderes do Estado e a existência de "estabilidade" e "confiança" é que Portugal reconquistará a credibilidade.
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"A cultura de diálogo político e social e o comprometimento de todos os poderes do Estado com as obrigações internacionalmente assumidas são essenciais para a reconquista de credibilidade", disse Durão Barroso, no seu discurso de abertura do segundo dia do Fórum Empresarial do Algarve, que decorre até domingo em Vilamoura.
O presidente da Comissão Europeia declarou que nesta fase de ajustamento económico, a "tarefa de um Estado é a de proporcionar a certeza e a previsibilidade de que os mercados precisam", porque essa responsabilidade não "incumbe apenas ao Governo, mas a todos os órgãos de soberania e mesmo à sociedade no seu conjunto".
Durão Barroso também defendeu hoje a criação de um "espaço económico transatlântico integrado" e argumentou que era um sonho possível e que devia ser uma prioridade para Portugal.
"Os eixos atlântico e europeu não se excluem: reforçam-se mutuamente (...) Temos todo o interesse em afirmar cada vez mais Portugal como janela europeia para o Atlântico e como uma porta de entrada do Atlântico para o continente europeu", referiu.
A segunda edição do Fórum Empresarial do Algarve, que está a decorrer em Vilamoura até dia 06 de outubro, reúne mais de três centenas de participantes, entre líderes políticos e empresariais de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Alemanha, China, EUA, Reino Unido, México, Marrocos, Espanha, Grécia e Chile, para debater o tema "Um Portugal Europeu ou um Portugal Atlântico?".
O evento, que é dinamizado pelo LIDE Portugal -- Grupo de Líderes Empresariais, conta com as personalidades convidadas do panorama político e empresarial nacional como Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Fernando Pinto, Luís Marques Mendes, José Maria Ricciardi, Mira Amaral e Luís Amado.
Participam ainda convidados internacionais como os governadores brasileiros dos Estados do Amazonas, Pará e Goiás, Luiz Fernando Furlan e Paulo Rabello de Castro, também do Brasil, Guillermo de La Dehesa, de Espanha, Mário Machungo, de Moçambique, e Albina Assis, de Angola.