Face Oculta: "Cada vez mais se justifica que primeiro ministro preste esclarecimentos", diz Aguiar-Branco
<p>O líder parlamentar do PSD, Aguiar-Branco, considerou hoje, sexta-feira, que cada vez mais se justifica que o primeiro ministro, José Sócrates, preste esclarecimentos sobre as notícias que o envolvem numa alegada tentativa de controlo da comunicação social.</p>
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José Pedro Aguiar-Branco, que anunciou hoje que é candidato à liderança do PSD, falava aos jornalistas no Parlamento, a propósito da edição de hoje do semanário Sol.
"Congratulo-me que o Sol esteja nas bancas e cada vez mais se justifica que o primeiro ministro preste os esclarecimentos necessários ao país para que se restaure a tranquilidade dos portugueses", declarou o líder parlamentar do PSD.
Questionado sobre por quanto tempo mais considera que é sustentável para o Governo a divulgação de notícias sobre uma alegada tentativa de controlo da comunicação social, Aguiar-Branco respondeu que "essa matéria é matéria que o próprio Governo é que deve avaliar".
O conselheiro nacional social democrata e presidente da Câmara Municipal de Cascais António Capucho defendeu hoje, em entrevista à Antena 1, que José Sócrates deveria ser substituído no cargo de primeiro ministro, mantendo-se o PS no Governo, sem que houvesse lugar a novas eleições legislativas.
Questionado sobre esta posição do seu colega de partido, Aguiar-Branco reiterou que, no seu entender, "em relação a esta matéria, o país precisa de esclarecimentos".
"Já várias oportunidades o senhor primeiro ministro teve para o efeito e seria aconselhável que o fizesse, para que se restaurasse a tranquilidade dos portugueses", acrescentou.
A edição de hoje do semanário Sol volta a transcrever extractos do despacho do procurador João Marques Vidal, responsável pelo caso Face Oculta, em que considera haver "indícios muito fortes" do envolvimento do Governo, "nomeadamente o primeiro ministro", num plano de controlo de vários meios de Comunicação Social, além da TVI.
A edição de hoje do semanário Sol fala num alegado plano de controlo de vários meios de Comunicação Social, além da TVI. O jornal “Público”, o grupo Cofina, do “Correio da Manhã”, e o grupo Controlinveste, proprietário do JN, Dn e TSF, também terão sido hipótese de compra por parte da PT.