O presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, considera que Paulo Portas demonstrou "consciência social" em defesa dos pensionistas de Portugal, ao não aceitar a introdução de uma nova contribuição sobre as pensões.
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"Paulo Portas assumiu uma posição muito respeitada em defesa dos pensionistas de Portugal. Temos de ter a consciência social bastante presente no nosso dia-a-dia e quem tem a consciência social bem presente no nosso dia-a-dia merece o meu reconhecimento e o meu aplauso, independentemente de todas as outras questões", disse o autarca social-democrata.
Fernando Seara falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da Estação ferroviária de Agualva-Cacém, onde esteve também o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, que se escusou a comentar as declarações de Paulo Portas.
O primeiro-ministro, Passos Coelho, anunciou na sexta-feira, numa declaração ao país, um pacote de medidas que vão poupar nas despesas do Estado 4,8 mil milhões de euros, até 2015, que inclui o aumento do horário de trabalho da função pública das 35 para as 40 horas, a redução de 30 mil funcionários públicos e o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade.
O Governo pretende também criar uma contribuição sobre as pensões e prevê o aumento das contribuições para os subsistemas de saúde dos trabalhadores do Estado (nomeadamente a ADSE) em 0,75 pontos percentuais, já este ano, e 0,25 % no início de 2014.
O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo pretende limitar a permanência no sistema de mobilidade especial a 18 meses e eliminar os regimes de bonificação de tempo de serviço para efeitos de acesso à reforma.
O presidente do CDS-PP e líder do segundo partido da coligação do Governo, Paulo Portas, disse no domingo não concordar com a introdução de uma contribuição sobre pensões e adiantou que o Governo vai negociar com a 'troika' para encontrar medidas de redução da despesa do Estado equivalentes.