O início da "fase Bravo" de combate aos incêndios, a segunda mais crítica, foi adiada de 15 de Maio para 1 de Junho devido às condições atmosféricas.
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"Segundo o Instituto de Meteorologia, até ao fim do mês, as temperaturas não só estarão dentro dos parâmetros para a época como nalguns casos até serão inferiores. Por este motivo entendeu-se que não fazia sentido iniciar (a "fase Bravo") e pôr na rua um dispositivo, quando não há condições que sejam propícias à deflagração de incêndios", explicou uma fonte da Autoridade Nacional da Protecção Civil.
A mesma fonte esclareceu ainda que "o início de cada uma das operações está sempre dependente das condições atmosféricas".
A "fase Bravo" antecede a "fase Charlie", a de maior risco de incêndios, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro.
O dispositivo especial de combate a incêndios florestais conta este ano com mais 156 elementos do que no ano passado, segundo informou a Autoridade Nacional da Protecção Civil no sábado, durante a apresentação dos meios disponíveis para a próxima época de incêndios.
Segundo o comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Paulo Gil Martins, o dispositivo disponível a partir do início da "fase Bravo" contará, até final de Setembro, com "22519 operacionais e 5002 veículos de comando, intervenção e apoio".
O número de elementos tem um acréscimo de 156 elementos humanos, em relação a 2009. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu na altura que o dispositivo apresentado é o "necessário e adequado" para responder de forma "positiva a este desafio". A "doutrina" adotada nos últimos anos "tem uma estratégia e uma organização que têm dado resultados".
O governante salientou ainda a "confiança" nos 9985 elementos que compõem o dispositivo, durante a "fase Charlie", que compreende um período entre 1 de Julho e 30 de Setembro, que terão o apoio de 2177 veículos e 56 meios aéreos.
O dispositivo tem um custo de 103 milhões de euros, semelhante a 2009, que, segundo o secretário de Estado Vasco Franco, será ligeiramente agravado com a recruta de pessoal para as torres de vigia. No ano passado, estes elementos foram requisitados aos centros de emprego, mas os resultados não foram os melhores. "Este ano rectificámos o erro."
O ministro da Administração Interna explicou também que a contenção de custos não se traduziu no combate aos incêndios, porque "na relação custo/benefício, se não dispuséssemos deste dispositivo, os custos económicos dos fogos florestais seriam largamente superiores" aos valores aplicados na sua prevenção.