Alberto João Jardim disse estar disponível para aderir a um eventual novo movimento que venha a aparecer com o objetivo de mudar "democraticamente" Portugal.
Corpo do artigo
"Sou-vos muito franco, aqui, esta tarde, em que estou a tomar posse: se aparecer, como apareceu nos Estados democráticos em crise, uma nova movimentação política credível, democrática, que se proponha mudar Portugal ante o 'esclerosamento' que sinto em todos os partidos nacionais, eu, pessoalmente e acho que o PSD-M também o deve fazer, aderirei a tudo aquilo que se trate de mudar Portugal democraticamente", declarou Alberto João Jardim no XIV Congresso Regional do partido.
"Temos que exigir outra posição de Portugal não tão dócil na União Europeia, temos que ter um Estado que tenha outras exigências e meta a banca na ordem, temos de denunciar e fazer oposição ao regime bem como alinhar com tudo o que, pela via da democracia, surja para alterar o regime, mesmo que se trate de novos movimentos políticos", acrescentou.
Alberto João Jardim chamou ainda a atenção que o PSD-M não pode "perder tempo com lutas internas" que "acabarão por destruir o partido".
Revelou ter conhecimento da "apresentação de listas ditas independentes às próximas eleições autárquicas ou até mesmo ajudar o CDS a fim de provocar um mau resultado para o partido".
"Evidentemente que apoiar outro partido ou apresentar uma lista dita de independentes contra a nossa é causa de expulsão liminar do PSD-M conforme os Estatutos nacionais e regionais".
"O PSD-M não pode perder tempo, nem com o continente português, nem com os paroquialismos, nem com as mediocridades locais", concluiu.
O XIV Congresso Regional do PSD-M aclamará domingo Alberto João Jardim como líder do partido numa sessão de encerramento que contará com a presença de Pedro Passos Coelho.