Primeiro-ministro é arguido em processo por difamação e injúrias, movido por Manuela Moura Guedes, por declarações feitas numa entrevista à RTP.<br />
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O Tribunal de Instrução Criminal pediu à Assembleia da República o levantamento da imunidade de José Sócrates, uma vez que pretende ouvir o primeiro-ministro no âmbito de um processo de difamação, adianta a edição de hoje do DN.
Em causa, está um processo por difamação e injúrias movido por Manuela Moura Guedes e no qual José Sócrates é arguido. A Comissão de Ética da Assembleia da República discute, hoje, o relatório de resposta ao pedido do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para autorização de depoimento do primeiro-ministro.
O processo decorre de declarações proferidas por José Sócrates, numa entrevista à RTP, a 22 de Abril de 2209, nas quais classifica o tipo de jornalismo praticado por Manuela Moura Guedes no "Jornal de Sexta" da TVI como uma "caça ao homem" e não jornalismo.
Na entrevista a José Alberto Carvalho e a Judite de Sousa, José Sócrates acusou, ainda, o "Jornal de Sexta" como "um telejornal travestido, um espaço noticioso que tem como único objectivo o ataque pessoal, feito de ódio e perseguição pessoal".
Os deputados têm agora de decidir se o primeiro-ministro deve ou não responder como arguido, suspendendo para isso as suas funções temporariamente, de acordo com o artigo 196.º da Constituição, que estipula no ponto dois que, "movido procedimento criminal contra algum membro do Governo, e acusado este definitivamente, a Assembleia da República decidirá se o membro do Governo deve ou não ser suspenso para efeito do seguimento do processo".