Os movimentos independentes de professores apelam aos sindicatos para que tenham "firmeza" e "determinação" durante as reuniões de hoje com o Governo, sublinhando que nenhum acordo deverá ser alcançado sem a suspensão da avaliação e o fim da divisão da carreira.
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"Esperamos que haja firmeza. Um eventual acordo só pode vir a passar pela suspensão do actual modelo de avaliação, o fim da divisão da carreira entre professores e professores titulares e a não contabilização dos efeitos das classificações do primeiro ciclo de avaliação", afirmou Ricardo Silva, coordenador da Associação de Professores em Defesa do Ensino (APEDE).
Para Ilídio Trindade, líder do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) é "urgente" a suspensão de um modelo de avaliação de desempenho que classifica de "perverso, injusto, burocrático" e "com meros objectivos economicistas".
"Têm de ser determinados na exigência desses três aspectos. É essencial para pacificar a escola pública", lembrou.
Segundo Ricardo Silva, os docentes não estão disponíveis para "mais memorandos, entendimentos e modelos de transição".
"Não queremos modelos que levem os professores a produzir papéis e mais papéis. O papel do professor não é esse", acrescentou.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, reúne-se hoje com todos os sindicatos de professores, estando em agenda a avaliação de desempenho e o estatuto da carreira docente, matérias que provocaram as maiores manifestações de sempre de docentes.