Paulo Rangel pede "afastamento dos dois administradores da PT" nomeados pelo Governo
Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, defende o "afastamento dos dois administradores" da PT nomeados pelo Governo e considera que uma moção de censura é "uma forma hábil" que o PS encontrou para exigir explicações ao Executivo.
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Paulo Rangel disse hoje, domingo, à Lusa que "esta exigência de António Costa e de Capoulas Santos de que a oposição deve propor uma moção de censura é uma forma muito hábil, uma forma subtil e encapotada que o PS encontrou de exigir explicações ao Governo".
O vice-presidente da Comissão Política do PS, Capoulas Santos desafiou sábado a oposição a apresentar uma moção de censura ao Governo.
Em declarações à Lusa, Capoulas Santos considerou que há uma "tentativa de decapitação" do primeiro-ministro, José Sócrates, e desafiou os partidos da oposição a apresentarem uma moção de censura ao Governo.
"O próprio PS sente que o Governo tem que dar explicações, porque estes dirigentes nunca pediriam meios tão graves se não achassem que a situação é grave", acrescentou o ex-líder parlamentar do PSD.
Para Paulo Rangel, "a bola está do lado do Governo e não está do lado da oposição", considerando que "é urgente o afastamento dos dois administradores da PT que são nomeados pelo Estado", referindo-se às notícias publicadas sobre o caso Face Oculta.
"Seja qual for a verdadeira história, depois das alegações graves que estão patentes na opinião pública, os administradores nomeados pelo Governo para a PT não têm condições objectivas para exercerem com credibilidade a representação dos interesses do Estado nesta empresa", realçou o candidato à liderança do PSD.
Paulo Rangel defende "o afastamento dos dois administradores", considerando que "se o Governo o fizer está a dar um sinal de reconhecimento e de tranquilidade sobre esta matéria".