O líder centrista, Paulo Portas, criticou hoje, segunda-feira, o "erro de planeamento" na abertura de concursos para entrada de novos elementos na PSP e GNR, sublinhando que o efectivo policial vai ser reduzido este ano.
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Paulo Portas, que falava aos jornalistas após uma visita à esquadra da Reboleira na Amadora, manifestou uma "preocupação muito séria pelo facto de, por erro de planeamento", não haver "um único polícia a entrar na PSP ou um único guarda a entrar na GNR" em 2010, apesar de haver aposentações.
"No final do ano, vamos ter um efetivo mais pequeno perante uma criminalidade preocupante", garantiu o presidente do CDS-PP, lamentando que "o governo venha dizer que vão abrir um concurso para 2000 pessoas em 2010 sem dizer a verdade aos cidadãos".
Paulo Portas explicou que são necessários pelos menos 16 meses para que alguém se torne polícia: sete meses para o concurso e mais nove para treino e instrução.
"Se abrirmos o concurso em Abril só daqui a 16 meses é que os agentes da PSP e os guardas da GNR estarão efectivamente na rua. Por este erro de planeamento, o país vai ficar com menos polícia e com menos segurança".
O dirigente do CDS-PP voltou também a apelar à necessidade de haver julgamentos mais rápidos para quem é detido em flagrante delito, referindo que na Amadora, das 1200 detenções anuais, 700 são em flagrante delito.
"Se conseguirmos que as detenções em flagrante delito conduzam a um sistema de justiça rápida em que o delinquente é obrigatoriamente julgado nas 48 horas seguintes, o país começa a confiar no sistema judicial e a polícia tem razão para acreditar que correr risco de vida vale a pena, pela segurança de outros".