O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, apontou hoje os sucessivos resultados minoritários do PCP em eleições, incluindo nas últimas europeias, para alegar que os comunistas não têm representatividade para pedir o derrube do Governo.
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"Felicitámos democraticamente o PCP pelo seu progresso relativo no domingo passado, mas não deixa de ser ligeiramente exagerado pretender que 12% apenas do terço de portugueses que foram votar chega para justificar uma iminência de rutura. Ou, para usar linguagem que vos é cara: um sexto de um terço dos votos não faz uma revolução, não estão reunidas as condições objetivas", declarou Paulo Portas. "Só por manifesta manipulação os votos do PCP somariam à abstenção e aos votos brancos e nulos", acrescentou.
No encerramento da moção de censura do PCP ao executivo PSD/CDS-PP, na Assembleia da República, o vice-primeiro-ministro questionou a "peculiar análise" que os comunistas fazem da legitimidade dos governos dos últimos 37 anos, mas também relativizou a importância que atribuem aos instrumentos parlamentares: "Não é aqui que a luta se faz, embora possa ser aqui que a luta se diz".