Paulo Portas garantiu aos jornalistas, no Parlamento, desconhecer qualquer intervenção do cônsul honorário de Portugal em Munique, no negócio de compra dos submarinos, concluído em 2004, quando era ministro da Defesa, no Governo chefiado por Durão Barroso.
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Segundo a Imprensa alemã, o cônsul honorário em Munique, Juergen Adolff, é suspeito de ter recebido subornos da Man Ferrostaal, a empresa alemã que integrava o consórcio German Submarine Consortium que forneceu os dois submarinos a Portugal.
O antigo ministro e líder do CDS-PP adiantou ainda, em resposta a questões dos jornalistas, nunca ter sido questionado pela Justiça portuguesa sobre o negócio e fez questão de recordar que o processo de compra dos submarinos remonta a 1998, quando o socialista António Guterres era primeiro-ministro.
“Quando cheguei ao Ministério da Defesa, o concurso estava na fase final e previa a aquisição de três ou quatro submarinos”, recordou Portas para acentuar que foi já o Governo PSD/CDS-PP a que pertenceu que decidiu reduzir a encomenda para duas unidades.
Tomada a decisão, que Portas garantiu ter sido com base em critérios pré-definidos, só em Julho de 2004 a compra foi concretizada, depois do Supremo Tribunal Administrativo não ter dado razão à impugnação interposta pelo consórcio francês preterido no negócio.