O último dia em Bogotá, antes da partida para nova missão de negócios patrocinada por Cavaco Silva agora em Lima, no Peru, ficou marcada pela inauguração da 26º. Feira do Livro da capital colombiana, na qual Portugal é o país convidado. Mas o ministros Álvaro Santos Pereira e Paulo Portas estavam com os ouvidos no Conselho de Ministros que decorria em Lisboa
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Álvaro Santos Pereira ainda disse que, "claro, estava a acompanhar de perto" a reunião do Conselho de Ministros que se prolongou madrugada dentro em Portugal, final de tarde na Colômbia. Mas sem comentários, garantindo apenas que as medidas mais importantes do seu ministério em termos de crescimento económico serão debatidas e conhecidas apenas para a semana, com a sua presença, e inserem-se essencialmente em projetos de industrialização e dizendo que valorizava muito a "diplomacia de negócios".
Paulo Portas, que só ao fim da tarde chegou a Bogotá depois de ter estado na Mauritânia que deu a Portugal a presidência da organização 5+5 do Mediterrâneo Oriental, esse, nem uma palavra. Ou melhor, falou da importância da obra de Tolentino de Mendonça e explicou ao presidente colombiano e aos representantes do governo do país, com a ajuda de Maria Cavaco Silva, as diferenças entre pastel de nata e pastel de Belém. Depois foi jantar com a ministra dos Negócios Estrangeiros colombiana.
O final do último dia de trabalho de Cavaco Silva e da sua comitiva na Colômbia, de onde partem esta manhã para missão idêntica no Peru, foi pois de discursos culturais, mas com os telemóveis em constante ligações para mais de sete mil km de distância. Enquanto o Presidente da República inaugurava, ao lado do seu homólogo Juan Manuel dos Santos, a 26ª. Feira do Livro de Bogotá (Filbo), na qual Portugal é o país convidado, e se ouviam citações das principais obras dos grandes autores portugueses e colombianos, mensagens e chamadas sucediam-se. Mas sem comentários públicos ao que sucedia em Lisboa.
*Jornalista do DN