Aquilo que o primeiro ministro respondeu à comissão de inquérito foi "exactamente a verdade", disse hoje, sexta-feira, à imprensa portuguesa José Sócrates ao comentar a saída da jornalista Manuela Moura Guedes da apresentação do Jornal Nacional de Sexta na TVI.
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"Eu quero dizer aquilo que aquilo que disse à comissão de inquérito foi exactamente a verdade. Eu soube dessa notícia quando cheguei. Lembro me bem que, na altura, estava no Porto e quando cheguei me disseram que a notícia na comunicação social era de que esse telejornal ia acabar", declarou.
O primeiro ministro português classificou como "absolutamente lamentável e deplorável" o facto de ser acusado de saber antes de tornar-se pública a decisão da TVI em afastar a jornalista através de um SMS enviado por Armando Vara a avisar-lhe com antecipação.
"Acho isso uma resposta que tem apenas por base a verdade, e acho absolutamente lamentável que se procure invocar outras coisas e, provavelmente algumas escutas, que não deveriam ser divulgadas, apenas para me atacar politicamente", criticou.
Ao ser questionado se admite que recebeu um SMS, José Sócrates afirmou que não tinha que dar "essas explicações pela simples razão de que esse SMS é privado".
"Mas reafirmo que eu soube da notícia pela comunicação social. Quando o próprio jornal diz que eu recebi um SMS ao meio dia e vinte, presumo, e a notícia era pública por volta da uma hora, portanto o jornal depreende que eu, imediatamente, a seguir a sair do avião, liguei o telemóvel para ter acesso a esse SMS. Não foi o caso", assegurou.
"O que aconteceu foi que eu soube como todos os portugueses souberam, através da comunicação social", reiterou.
O primeiro ministro esteve no final da tarde, hora do Brasil, reunido com empresários portugueses no Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro para avaliar possibilidades de novos negócios de empresas luso-brasileiras para os Mundiais de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Em breve segue para Caracas, Venezuela, para uma visita oficial em que terá um encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, após o qual serão assinados diversos acordos.