O ex-presidente da República Mário Soares afirmou, esta sexta-feira, que na política mundial tem dois ídolos, o presidente dos Estados Unidos e o Papa Francisco, que elogiou por se opor ao neoliberalismo e defender os mais pobres.
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"Neste momento, tenho dois ídolos no plano político: um é o [presidente dos Estados Unidos] Barack Obama, que é um homem extraordinário, um dos grandes estadistas do nosso tempo; o outro é o Papa [Francisco]", afirmou Mário Soares.
Nas declarações que fez aos jornalistas antes de marcar presença no almoço que assinala os 40 anos de existência do PS, o ex-chefe de Estado e primeiro líder dos socialistas portugueses vincou que não é um homem religioso.
"Sou agnóstico e, como tal, até não tinha razão para destacar este Papa como o tenho destacado. [Mas o Papa Francisco] é um homem que não quer um sistema de democracia neoliberal, defende os pobres e a igualdade, visita presos em Itália", disse.
Mário Soares disse mesmo estar convencido que o Papa Francisco "é um homem de uma humanidade extraordinária, pretendendo sobretudo defender os mais pobres".
"E isso é o mais importante que se pode fazer", salientou.
Já o secretário-geral do PS, António José Seguro, aproveitou para reiterar a sua condenação dos atentados em Boston.
"Tive a oportunidade de transmitir ao povo americano, numa carta que enderecei através do embaixador dos Estados Unidos, a consternação do PS e o repúdio total em relação a atos que provocam o terror e que vitimaram pessoas inocentes", declarou.