O ministro das Finanças afirmou, esta segunda-feira, que a missão da 'troika' "confirmou a inexistência de qualquer margem injustificada de prudência" na proposta de Orçamento para 2012, rejeitando mais uma vez o argumento do PS sobre a existência de 'folgas'.
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"A missão da 'troika' confirmou a inexistência de qualquer margem injustificada de prudência no Orçamento do Estado para 2012", disse o ministro Vítor Gaspar na abertura da sua segunda audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2012, rebatendo desde o inicio o argumento do PS sobre a existência de folgas no orçamento.
O ministro das Finanças deixou ainda mais uma mensagem ao partido socialista, que tem criticado e afirmando publicamente que não está explícito no acordo com o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia que o ajuste orçamental tem de ser feito com um equilíbrio de dois terços de consolidação pelo lado da despesa e um terço pelo lado da receita.
"Em linha com os objectivos do programa, mais de dois terços do esforço de ajustamento é realizado pelo lado da despesa", disse o governante.
Portugal receberá em seis meses 38,2 mil milhões de euros
Portugal irá receber em pouco mais de seis meses quase metade do empréstimo total da 'troika' ao país na sequência do pedido de assistência ao Fundo Monetário Internacional e à União Europeia.
"Após a terceira tranche, Portugal terá recebido o montante total de cerca de 38,2 mil milhões de euros. Em pouco mais de seis meses teremos usado quase metade dos recursos totais do programa, mais de metade se deduzirmos os montantes disponíveis para a recapitalização da banca", disse o ministro das Finanças.
Portugal irá receber oito mil milhões de euros de uma nova tranche, condicionada à aprovação pelo Fundo Monetário Internacional e da União Europeia da recomendação dos técnicos, após avaliação positiva da missão da 'troika' na semana passada.