Os Trabalhadores Social Democratas pedem ao Governo que crie um "clima de diálogo" para as negociações em concertação social, após a greve geral de quinta-feira convocada pelas duas centrais sindicais.
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"Decorrida que foi a greve geral cabe ao Governo, em simultâneo com a prossecução do seu programa e das reformas indispensáveis a melhorar o desempenho económico do país, criar as melhores condições para o diálogo institucional ao nível da concertação social e da negociação colectiva", defendem, em comunicado, os TSD após o seu Conselho Nacional, que decorreu hoje em Lisboa.
Esta estrutura do PSD afirmou ainda que o "clima de diálogo" deverá prevalecer uma vez que "os desafios do presente e do futuro implicam a convergência dos esforços de todos".
Já na sequência da greve geral, na quinta-feira, os líderes das duas centrais sindicais tinham pedido que esta paralisação abrisse portas à uma negociação séria entre Governo, sindicatos e estruturas patronais.
"Depois da greve queremos que o Governo mude o comportamento na negociação colectiva, com sacrifícios equitativamente distribuídos", defendeu então João Proença, secretário-geral da UGT, numa mensagem partilhada pelo líder da CGTP, Carvalho da Silva, que afirmou que "tem de acabar o faz-de-conta da concertação social".
Os TSD destacaram ainda que a greve geral decorreu "de modo ordeiro" e aproveitaram a nota à imprensa para "repudiar os incidentes que tiveram lugar frente à Assembleia da República", em Lisboa, na quinta-feira.
Os TSD atribuíram os incidente a "pessoas que não aceitam o jogo democrático e institucional e que procuram apenas criar um clima anárquico contrário aos interesses de Portugal e dos portugueses" e referiram que a atuação das forças de segurança foi "de saudar" uma vez que os agentes operaram "sem excessos e claramente dentro dos limites impostos pela legalidade e o bom senso".