O secretário-geral da UGT, João Proença, mostrou-se hoje, quinta-feira, "disponível" para o diálogo com os parceiros sobre o salário mínimo nacional desde que seja garantida a sua fixação em 500 euros durante o ano de 2011.
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Esta disponibilidade manifestada pela central sindical poderá abrir caminho nomeadamente para uma negociação em torno das propostas de algumas confederações patronais, nomeadamente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), que propõe um aumento intercalar do Salário Mínimo Nacional (SMN) durante o próximo ano.
O tema irá a discussão dos parceiros, em sede de concertação social, na próxima quarta-feira.
"O nosso objectivo é 500 euros em 2011, cumprindo a resolução de 2006, e o mais rapidamente possível", disse João Proença em conferência de imprensa no final de uma reunião do Secretariado Nacional, onde foi aprovada uma resolução sobre o pacote de medidas apresentado na quarta-feira pelo Governo sobre a Competitividade e o Emprego.
Para o secretário-geral da UGT, o "ideal" seria que a revisão do SMN fosse conseguida em Janeiro, mas esta meta poderá ser negociada, desde que não se comprometa o objectivo de chegar aos 500 euros ainda em 2011.
A CCP defende que o aumento do salário mínimo deve ser faseado aumentando 2,2% em Janeiro, de acordo com a inflação e sofrer uma nova revisão em Julho e no final do ano.