<p>Depois de dois dias de espera à porta, a Polícia Judiciária (PJ) foi finalmente autorizada por um juiz a fazer buscas na casa onde terá sido torturado o escocês de 28 anos a quem foram cortados cinco dedos e uma orelha por dívidas do tráfico de droga.</p>
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Inspectores da Unidade Nacional Contra-Terrorismo acompanhados por elementos da Polícia Científica com uma viatura de recolha e transporte de vestígios, passaram, ontem, ao final da tarde, os portões verdes da moradia, situada na pequena localidade de Alfontes, nos arredores de Boliqueime, Loulé.
Durante vários minutos fizeram um reconhecimento de toda a área da casa, que tem várias entradas, um terraço, um anexo de madeira e um enorme quintal. Depois, já munidos dos equipamentos necessários, deram início à recolha de vestígios que permitam esclarecer os contornos do crime.
A emissão do mandado de busca, necessário para que a PJ pudesse entrar na casa, conheceu dois impasses. Primeiro, o juiz do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa não aceitou a fundamentação apresentada pelos investigadores alegando que a diligência era inoportuna.
Mais tarde, acabou por decidir remeter o processo para a comarca de Loulé por considerar que o TIC era territorialmente incompetente.
A PJ chegou a pensar que James Ross, escocês, com 28 anos, desaparecido desde que chegou a Faro no passado dia 5, tivesse sido morto quando descobriram um Mercedes incendiado na barragem de Santa Clara, Ourique. Mas o escocês apareceu, na passada segunda-feira, nos arredores de Boliqueime, com uma orelha e cinco dedos amputados. Quatro britânicos, suspeitos do crime, estão detidos.