Face Oculta: CDS-PP diz que estará atento ao cumprimento do princípio da legalidade
O CDS-PP afirmou hoje, domingo, que estará atento ao cumprimento do princípio da legalidade no processo Face Oculta, alertando que em caso algum poderá haver judicialização da política ou politização da justiça.
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O Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, considerou no sábado que nas restantes cinco escutas telefónicas que envolvem o primeiro-ministro "não existem elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal" contra José Sócrates, pelo que ordenou o arquivamento dos documentos.
Em reacção a esta decisão de Pinto Monteiro, o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães disse que o seu partido tomou "nota do comunicado do PGR".
"Como não conhecemos, nem podemos conhecer, não vamos especular, mas estaremos atentos ao cumprimento do princípio da legalidade, o que implica que em todos os casos - para mais numa situação destas - a justiça actue com isenção", declarou à Agência Lusa o dirigente democrata-cristão.
Segundo o ex-secretário de Estado dos governos PSD/CDS-PP, o partido liderado por Paulo Portas deseja "naturalmente, que a investigação do processo Face Oculta vá até ao fim".
No entanto, Nuno Magalhães deixou uma advertência sobre os episódios (públicos) ocorridos na semana passada em torno do processo "Face Oculta".
"Não deixamos de alertar que o que se passou na última semana prejudicou seriamente a imagem dos órgãos de justiça, a credibilidade do segredo de justiça e a percepção da imagem dos cidadãos no sistema judicial. Em caso algum pode haver judicialização da política ou politização da justiça. De momento, é o que nos oferece dizer", afirmou Nuno Magalhães.
