<p>O grupo Mota-Engil já liquidou os montantes que lhe foram pedidos pelas Finanças no âmbito do processo Operação Furacão, disse hoje, quarta-feira, à agência Lusa fonte ligada à empresa.</p>
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A mesma fonte precisou que além do presidente da empresa, António Mota, que está a ser ouvido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), outras pessoas da Mota-Engil prestaram declarações no âmbito do mesmo processo ao longo dos últimos cinco anos.
Quanto aos montantes em causa, a fonte não precisou valores.
Segundo outra fonte da empresa, António Mota foi constituído arguido há cerca de ano e meio neste processo, mas só agora está a ser ouvido pelos responsáveis pela investigação.
A Operação Furacão é um megaprocesso de fraude fiscal que já envolveu centenas de empresas. As primeiras buscas foram feitas em 2005 e levaram à constituição de mais de 500 arguidos, por suspeita de, com faturação falsa, terem colocado no estrangeiro vários milhões de euros, através da utilização de serviços bancários e de outras instituições financeiras.
Segundo a procuradora geral adjunta Cândida Almeida, que dirige o DCIAP, o Estado já recuperou 100 milhões de euros no decurso desta operação, em resultado da possibilidade de as empresas poderem obter a suspensão provisória do processo através do pagamento da quantia em dívida ao Estado.