Os amantes que queriam ficar juntos e drogaram, mataram e queimaram o corpo de José Fernando Santos, em Jovim, Gondomar, em Setembro do ano passado, foram hoje condenados a 19 anos e meio e 20 anos de cadeia, no Tribunal de S. João Novo, no Porto.
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A pena mais pesada foi para a mulher, Marlene Carvalho, 37 anos, enquanto que Hélder Altamiro Semana, o amante, foi condenado a uma pena ligeiramente menor, porque os juízes consideraram que ele atuou com menos agravantes. Em tribunal, os dois amantes confessaram tudo, mas Hélder mostrou mais arrependimento e não tinha sido ele a ter a ideia inicial de matar José Fernando Santos, de 41 anos.
A vítima tinha sido encontrada a 18 de setembro do ano passado, carbonizado e em avançado estado de decomposição, numa ribanceira da Estrada da Marginal (EN108), em Atães, Gondomar. Tinha sido lá abandonado quatro dias antes pelos amantes que assim podiam acabar com a clandestinidade da relação, sem que Marlene tivesse de pedir o divórcio e enfrentar uma luta pelo poder paternal da filha, de 11 anos.
Foi dado como provado que os amantes drogaram a vítima com comprimidos colocados na comida, para depois asfixiá-la na cama. Embrulharam o corpo num saco cama e levaram-no para o carro de Hélder. Conduziram até Valbom, para a oficina de estufador do pai de Hélder. Lá, no quintal, incendiaram o corpo que deixaram queimar 40 minutos. Voltaram a embrulhar o corpo num lençol e num plástico que colocaram numa carrinha. Foram à marginal, perto do rio e Hélder atirou o corpo de José para uma ribanceira.