<p>"Esclarecimentos" é o que exige toda a Oposição, enquanto o PS se manteve em silêncio. </p>
Corpo do artigo
Da Direita à Esquerda, todos os partidos querem explicações políticas sobre a situação "preocupante de eventual promiscuidade entre o poder político e o económico", como acentuou ontem o deputado António Filipe, do PCP.
Na opinião do comunista, "estamos, de facto, perante, eventualmente, uma operação no sentido de interferir com a orientação editorial de órgãos de Comunicação Social através da aquisição de participações em grupos multimédia e envolvendo aqui uma situação de promiscuidade entre o poder político e o poder económico".
Ainda à Esquerda, o líder do BE, Francisco Louçã, lembrou que o seu partido propôs a constituição de uma comissão de inquérito parlamentar, porque "é ao Parlamento que cabe apurar os factos".
"Não podemos continuar a perder tempo sem esclarecer inteiramente tudo o que aconteceu, sem margem para dúvidas, porque, se há um apodrecimento do ponto de vista da liberdade de Imprensa, o país fica a perder", acentuou.
À Direita, o líder parlamentar do CDS-PP, Pedro Mota Soares, lamentou "a publicidade brutal" ao assunto que foi dada por "quem teve a ideia" de interpor uma providência cautelar para impedir a publicação de notícias com escutas no semanário "Sol" .
Foi a várias vozes que o PSD reagiu às notícias de ontem. Aguiar-Branco, na qualidade de líder parlamentar, considerou que cada vez mais se justifica que Sócrates preste "os esclarecimentosnecessários para que se restaure a tranquilidade no país".
Sem despir a pele de candidato à liderança, o eurodeputado Paulo Rangel tembém disse que o Governo deve prestar "uma explicação cabal e suficiente" sobre o seu envolvimento numa alegada tentativa de "controlo ou capturação da Comunicação Social".
Já Pacheco Pereira desafia o primeiro-ministro a dar "esclarecimentos, e muitos", sobre a existência de uma conspiração" para manipular a Imprensa.