O ministro da Economia, Vieira da Silva, garantiu hoje que responderá na Assembleia da República "a todas as questões" e explicará os motivos que o levaram a referir que havia "espionagem política" no caso Face Oculta.
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"Irei do Parlamento responder às questões que me colocarem, mas não deixarei de dizer o que penso", disse Vieira da Silva, após participar na sessão de encerramento do 35.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Vilamoura.
A presença do ministro no Parlamento foi requerida pelo PSD, tendo o PS viabilizado a sua aprovação ao abster-se na votação na reunião da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.
O requerimento do PSD foi aprovado com os votos favoráveis dos restantes partidos.
O PSD considerou que as palavras de Vieira da Silva "condicionam o trabalho da Polícia Judiciária, do Ministério Público e atentam contra a separação de poderes no Estado de Direito".
"Não procurei atingir ninguém, a não ser aqueles que não conheço quem são, mas que procuraram a situação", observou o ministro, em Vilamoura.
"Senti-me no direito de fazer as afirmações que fiz. Reafirmo o que disse, pois não deixarei de dizer o que penso", destacou.