A administração regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo admitiu, esta quarta-feira, que há um "problema preocupante" com a capacidade de resposta para realizar colonoscopias na região, tanto no setor público como no privado.
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Em declarações à agência Lusa, o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), Cunha Ribeiro, disse pretender ter, dentro de duas ou três semanas, uma estratégia definida para responder à dificuldade de realização destes exames, que servem de diagnóstico ao cancro colorretal.
As soluções que vierem a ser encontradas devem passar, segundo o responsável, pela "maximização da capacidade instalada nos hospitais públicos" e pelo recurso a entidades sociais e privadas, uma vez que o setor público não conseguirá ser suficiente.
Sobre a dificuldade de realização de colonoscopias nos privados com convenção com o Estado, Cunha Ribeiro disse que o assunto também está a ser analisado, mas sem adiantar mais pormenores.
O presidente da ARS lembrou ainda que o número de especialistas na região para realizar as colonoscopias é "insuficiente para as necessidades", um problema que não será possível resolver a curto prazo.
Sobre o caso da doente que esperou dois anos para fazer uma colonoscopia, após um rastreio positivo, Cunha Ribeiro declarou que irá examinar o relatório que o hospital em causa, o Amadora-Sintra, vai realizar.
Segundo Vítor Neves, presidente da Associação de Luta Contra a Cancro do Intestino (Europacolon), a norma internacional determinam que, após um rastreio positivo à pesquisa de sangue oculto nas fezes, a colonoscopia deve ser feita de imediato.