A Autoridade de Segurança Alimentar apreendeu mais 45 mil quilos de carne suspeita de conter vestígios de ADN de cavalo.
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"Apreendemos mais 45 mil quilos de carne, em que suspeitamos que também possa haver presença de carne de cavalo. Depois houve também mais 6600 embalagens que podem eventualmente vir a revelar carne de cavalo", disse António Nunes, inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar (ASAE), à agência Lusa.
Na quinta-feira, a ASAE anunciou ter identificado e apreendido 12410 embalagens de "lasanha de bovino contendo carne de cavalo", rotulado com a marca "Euroshopper", numa cadeia de distribuição de retalho.
No mesmo comunicado, o organismo dava conta de ter apreendido 40691 quilogramas de preparados de carne e produtos à base de carne, numa indústria de transformação, assim como mais 5666 embalagens de preparados de carne e produtos à base de carne, em estabelecimento de retalho.
António Nunes sublinhou que estas apreensões não estão "no domínio da Saúde Pública, porque a carne de cavalo não é imprópria para consumo humano".
O inspetor-geral da ASAE lembrou que se trata apenas "de uma fraude sobre mercadorias, de vender um produto por outro, infringindo normas de rotulagem".
"Nós estamos atentos e os operadores económicos têm feito um esforço, que é de realçar, no sentido de instaurar a confiança dos consumidores. Eles próprios, voluntariamente, estão a fazer análises e a retirar produtos duvidosos", referiu.
António Nunes considera que "hoje o consumo de carne está mais seguro do que há 15 dias".
"Quando há um momento de crise, aumenta o nível de controle, quer por parte das entidades oficiais, quer por parte dos operadores económicos, que querem defender as suas marcas, os seus produtos, e não querem correr riscos", afirmou.