A Associação dos Profissionais da Guarda vai interpor uma acção em tribunal devido às promoções em atraso de 1600 guardas, anunciou, esta quarta-feira, um dirigente associativo.
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O anúncio foi feito por César Nogueira, dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), durante a concentração dos profissionais dos serviços e forças de segurança junto à Assembleia da República, em Lisboa, no âmbito da "Semana da Indignação dos Polícias".
O dirigente da APG adiantou que os 1.600 guardas já deviam ter sido promovidos em Janeiro de 2010, quando entrou em vigor o novo estatuto remuneratório da GNR.
César Nogueira disse também que a APG interpôs uma outra acção judicial, contra a não aplicação da nova tabela remuneratória à totalidade dos guardas, tendo em conta que há elementos da GNR que já foram colocados nos novos índices remuneratórios em 2010 e outros, a maioria, ainda não transitaram.
O dirigente da APG pediu "uma resolução urgente do problema e criticou o Governo por responsabilizar o anterior Executivo".
Quando César Nogueira disse aos manifestantes que muitos guardas não puderam participar na concentração, "por terem sido marcadas acções de última hora" em alguns comandos, alguns guardas que estavam na concentração com os chapéus da farda atiraram-nos para a escadaria da Assembleia da República.
Os profissionais dos serviços e forças de segurança deslocam-se agora para o Ministério das Finanças.
Convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a "Semana da Indignação dos Polícias" começou na última quarta-feira e termina com a concentração desta quarta-feira, que juntou cerca de 1500 profissionais, segundo a organização do protesto.