O bispo de Leiria-Fátima, António Marto, considerou, esta sexta-feira, que a atribuição do Prémio Nobel da Paz à união Europeia é o "reconhecimento" do valor do seu projeto "e do seu sentido para a construção da paz".
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"É o reconhecimento do projeto dos seus fundadores, de desenvolvimento em prol de um mundo melhor", disse António Marto em conferência de imprensa, em Fátima, antes do início da peregrinação de 12 e 13 de outubro ao Santuário.
Para o prelado de Leiria-Fátima, esta distinção é também um "chamamento" para "todos os cidadãos e todos os povos" da União Europeia, "para serem dignos deste projeto", num momento "em que está abalado nos seus fundamento e ameaçado de desfazer-se em ruínas".
Na ocasião, António Marto sublinhou também o momento vivido pela Igreja Católica, a assinalar o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e início do Ano da Fé.
Segundo o bispo, com o Concílio, a Igreja "reencontrou capacidade de se confrontar com o pensamento moderno e de se relacionar com ele".
O cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II vai ser evocado na peregrinação que hoje começa no Santuário de Fátima, com a projeção em ecrãs gigantes de um documentário de dez minutos com vários testemunhos de bispos portugueses.
A peregrinação desta sexta-feira e sábado é presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, José da Cruz Policarpo.